As quartas de final do Trestles Pro 2025 estão definidas e apenas um brasileiro está classificado para a fase. Yago Dora superou João Chianca e agora tem o australiano Ethan Ewing pela frente. Filipe Toledo, Italo Ferreira e Luana Silva também se despediram da prova com a nona posição. Segundo dia do evento californiano teve as três últimas baterias da repescagem do masculino, além da repescagem do feminino, das oitavas de final dos homens e de dois confrontos das quartas das mulheres. Duelo de 30 minutos foram realizados em ótimas ondas de 1 a 1,5 nas séries em Lowers.
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A bateria entre Yago e João foi a terceira das oitavas e teve poucas séries. João começou com 0.50 e aos três minutos executou quatro rasgadas e errou um aéreo para anotar 5.50 pontos. Yago conquistou 2.83 na primeira atuação e aos oito minutos bateu e voou na esquerda para colocar 7.83 no somatório.
A bateria ficou morna e Yago só mexeu novamente no somatório a 11 minutos do fim. Ele, que não tinha a prioridade, entrou numa direita pequena e executou três manobras de backside para anotar 3.83 pontos. João seguiu no pico. Ele buscava no mínimo 6.17 para avançar às quartas de final.
João remou forte numa onda no último minuto, mas não conseguiu entrar e perdeu a prioridade. Yago pegou a esquerda seguinte para bloquear o adversário, mas João ainda teve mais uma chance. Yago não trocou nota na performance e João sim, porém os 3.83 pontos conquistados com uma manobra na junção não foram suficientes para mudar o resultado da bateria.
Primeira derrota do dia – Luana Silva foi a primeira brasileira a competir nesta quarta-feira. Ela participou da última disputa da repescagem do feminino contra a norte-americana Caroline Marks e foi eliminada.
A bateria começou quente. Caroline pegou uma esquerda logo no início e com duas manobras anotou 5.67 pontos. Luana respondeu aos três minutos numa direita. A brasileira executou cinco manobras e largou com 7.17 pontos. A norte-americana respondeu aos sete minutos. Caroline executou uma série de rasgadas e batidas, algumas em partes críticas da onda, e colocou 7.23 no somatório. Luana respondeu na mesma série. Na primeira tentativa ela caiu na primeira seção, mas entrou na onda seguinte e fez várias curvas, porém a direita foi mais lenta. Ela precisava de 5.67 para reassumir a liderança e conquistou 5.43 pontos.
A norte-americana aumentou a vantagem aos 13 minutos. Caroline usou a prioridade e rasgou duas vezes para depois fechar a apresentação com uma batida. A performance valeu 7.83 pontos. Luana tentou responder aos 16 minutos, mas usou a prioridade numa onda ruim. Logo depois ela trocou nota (6.27), mas seguiu na necessidade de 7.89 para vencer.
Caroline bloqueou a brasileira a cinco minutos do fim, executou três ataques de backside e mexeu no placar com 7.37 pontos. Uma série apareceu em Lowers três minutos depois e Luana deixou a primeira para a norte-americana, mas ela não trocou nota. A brazuca pegou a direita seguinte e abriu a apresentação com boa batida, porém a onda correu e ela não teve mais espaço para boas manobras. Luana ainda surfou mais duas ondas, mas não chegou perto dos 8.03 pontos que precisava para vencer. Caroline ainda voltou a escovar uma direita no minuto final, mas os 7.07 pontos não entraram no somatório. Ela venceu e ficou com a vaga nas quartas de final.
Italo eliminado por Joel – Logo após a bateria de Luana foi a vez de Italo Ferreira competir. Ele abriu as oitavas de final dos homens contra o australiano Joel Vaughan. Os dois disputaram a primeira onda aos dois minutos. Italo queria a esquerda e Joel remou para a direita. Um estava ao lado do outro e o australiano optou por não arriscar cometer uma interferência. Italo rasgou, voou com reverse, depois acelerou novamente e repetiu a manobra para largar com 6.67 pontos.
Aos seis minutos os dois voltaram a gostar da mesma onda, mas dessa vez não tinham o risco de se cruzarem. Joel usou a prioridade e foi pra direita. Italo foi pra esquerda. O aussie executou um layback, uma rasgada, uma batida e saiu após mais uma rasgada. Italo decolou com reverse, rasgou e voou mais uma vez para fechar a apresentação. Joel anotou 6.70 e Italo disparou na frente com 7.83 pontos.
Joel respondeu aos 12 minutos. Ele atuou sem a prioridade e abriu a performance com um bom layback, depois bateu duas vezes sem muito destaque, porém na sequência voou alto com rotação. Ele precisava de 7.81 para ser líder e anotou 8.57 pontos. Italo surfou a mesma série, mas não trocou nota. Ele ou a buscar 7.45 para vencer.
O aussie voltou a surfar sem a prioridade. Aos 17 minutos ele foi pra esquerda, rasgou duas vezes, bateu e voou com reverse na junção. Joel trocou 6.70 por 7.43 e deixou a diferença em 8.18 pontos.
Os dois surfaram a oito minutos do fim. O australiano foi para a direita e voou muito alto, mas caiu na aterrissagem. Italo entrou na esquerda, voou com reverse na primeira seção, depois fez duas curvas antes de voar novamente com reverse na junção. O brasileiro conquistou 8.37 e assumiu a liderança.
Joel continuou lutando. Na primeira tentativa de virada ele foi pra esquerda, mas precisava de 7.63 e anotou 5.50 pontos. Na segunda tentou decolar alto na direita, mas caiu da prancha na base da onda. Italo usou a prioridade, mas a onda foi ruim.
O australiano teve mais uma chance perto do minuto final. Ele acelerou de frontside e voou muito alto, aterrissou na base da onda e bateu na junção chutando a rabeta. Ele precisava de 7.63 e anotou 8.30 pontos. Italo ainda tentou reverter a situação no último minuto. Ele executou sete manobras de backside, mas precisava de 8.51, conquistou 7.27 e foi eliminado.
“Eu sei que o Italo é um competidor tão bom, e nunca dá para saber o que ele vai fazer, então pensei que poderia tentar algo grande e arriscar, e sim, foi uma ótima performance”, disse Joel. “Eu tinha caído na tentativa de straight air (aéreo sem rotação) algumas vezes antes e fiquei um pouco chateado, então só queria acertar. Acabei perdendo um pouco o agarre e titubeando, mas consegui e fiz outra manobra”.
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Griffin para Filipe – Filipe Toledo caiu no duelo seguinte. O bicampeão mundial travou bela batalha contra o norte-americano Griffin Colapinto e perdeu de virada no minuto final.
Os atletas surfaram para direita aos três minutos e largaram com notas na casa dos sete pontos. Filipe atuou primeiro. Ele executou uma rasgada, depois bateu chutando a rabeta por cima do lip e completando um reverse. Na sequência ainda achou espaço para mais uma rasgada e uma batida numa junção espumada. A nota foi 7.50 pontos. Griffin rasgou e bateu duas vezes para colocar 7.07 no somatório.
O brasileiro anotou 6.00 pontos aos sete minutos numa atuação de backside na esquerda. Ele rasgou duas vezes e fechou a apresentação com batida. Filipe não parou quieto e aos nove minutos pegou uma direita, rasgou duas vezes e bateu na junção completando um reverse. A performance valeu 8.00 pontos.
Griffin ficou 17 minutos com a prioridade até surfar sua segunda onda na bateria. Ele rasgou, bateu duas vezes e no quarto ataque derrapou a rabeta e caiu da prancha. Ele buscava 8.43 e conquistou 5.60, nota que não mudou sua situação no confronto.
Os dois surfaram para esquerda a oito minutos do término. Filipe acelerou e voou com reverse aterrissando na crista da onda. Depois ele executou um backside shove-it para fechar a performance. Ele conquistou 6.83 e não mexeu no placar. Griffin acertou três batidas em sequência e não virou com 7.90, mas diminuiu a diferença para 7.61 pontos.
Uma série apareceu em Lowers a quatro minutos do fim. Filipe usou a prioridade e foi na primeira direita, mas errou um aéreo reverse. Griffin executou uma rasgada curta, depois voou, aterrissou de rabeta e completou o giro. Ele seguiu na parte pequena da onda e bateu mais duas vezes. Ele bateu na trave com 7.57 pontos.
No minuto final eles voltaram a surfar de frontside na mesma série. Filipe acertou um aéreo com rotação completa. Griffin rasgou, bateu e fez outra curva no lip derrapando a rabeta. O brasileiro estava perto do norte-americano e bateu palmas. Filipe anotou 8.30 e Griffin tomou à frente com 8.93 pontos para vencer a disputa.
“Eu diria que é um bom presságio a 100ª vitória em baterias vir contra o Filipe”, disse Griffin. “Não sei, fiquei meio com um certo PTSD (Transtorno de estresse pós-traumático) do ano ado no WSL Finais. Estava na praia e as coisas não saíram do meu jeito. Então, por algum motivo, senti que por causa disso eu não iria conseguir. Foi difícil saber porque eu não vi a onda do Filipe e não tinha certeza de qual seria minha nota. Foi surreal conseguir a nota. Todo o esforço, todo o trabalho duro levando a esse momento é algo lindo, com todos os meus amigos e família”.
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A queda do líder – Outro eliminado nesta quarta-feira foi o líder do ranking. Jordy Smith competiu contra o norte-americano Cole Houshmand na quinta bateria das oitavas e se despediu da prova em nono lugar.
Cole abriu a disputa com 6.67 e aos nove minutos o sul-africano executou oito manobras na direita para anotar 8.00 pontos. O norte-americano respondeu dois minutos depois com três manobras na esquerda, duas delas expressivas. Com a nota 8.70 ele voltou para a liderança.
Jordy tentou reverter o placar com um aéreo aos 15 minutos, mas precisava 6.88 e anotou 5.17 pontos. Os dois surfaram a mesma onda aos 17 minutos e mexeram no placar. Cole foi pra esquerda e colocou 6.60 no somatório e Jordy conquistou 6.23 pontos.
O sul-africano só surfou mais uma onda até o final da disputa. A oito minutos do término ele buscava 7.31 e não mexeu no placar com 5.47 pontos. Cole ainda usou a prioridade para bloquear o adversário a dois minutos do fim. O surfista dos Estados Unidos foi para esquerda, colocou 7.73 no somatório e confirmou a vitória pelo placar de 16.43 a 14.23 pontos.
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Próxima chamada e previsão das ondas – A próxima chamada para o Trestles Pro 205 acontece somente no próximo sábado (14), às 11h45 (de Brasília). Previsão indica ondas de 1,5 metro pela manhã, podendo chegar aos 2 metros ao longo da tarde.
Confira mais detalhes em nossas próximas atualizações.
Trestles Pro 2025
Repescagem Feminino
1 Caitlin Simmers (EUA) 14.87 x 13.96 Kirra Pinkerton (EUA)
2 Erin Brooks (CAN) 16.33 x 6.84 Tyler Wright (AUS)
3 Sawyer Lindblad (EUA) 14.17 x 13.20 Isabella Nichols (AUS)
4 Caroline Marks (EUA) 15.20 x 13.44 Luana Silva (BRA)
Quartas de final
1 Caitlin Simmers (EUA) 12.10 x 11.66 Erin Brooks (CAN)
2 Molly Picklum (AUS) 12.50 x 11.47 Lakey Peterson (EUA)
Próximas baterias
3 Gabriela Bryan (HAV) x Sawyer Lindblad (EUA)
4 Caroline Marks (EUA) x Bettylou Sakura Johnson (HAV)
Semifinais
Em formação
1 Caitlin Simmers (EUA) x Molly Picklum (AUS)
Repescagem Masculino
6 Connor O’Leary (JAP) 13.90 x 8.77 Alan Cleland (MEX)
7 Leonardo Fioravanti (ITA) 12.57 x 12.50 Seth Moniz (HAV)
8 Crosby Colapinto (EUA) 12.90 x 11.77 Marco Mignot (FRA)
Oitavas de final
1 Joel Vaughan (AUS) 16.87 x 16.20 Italo Ferreira (BRA)
2 Griffin Colapinto (EUA) 16.83 x 16.30 Filipe Toledo (BRA)
3 Yago Dora (BRA) 11.66 x 9.33 João Chianca (BRA)
4 Ethan Ewing (AUS) 14.67 x 12.70 Jake Marshall (EUA)
5 Cole Houshmand (EUA) 16.43 x 14.23 Jordy Smith (AFR)
6 Jack Robinson (AUS) 17.07 x 14.00 Leonardo Fioravanti (ITA)
7 Kanoa Igarashi (JAP) 15.93 x 15.00 Crosby Colapinto (EUA)
8 Connor O’Leary (JAP) x *Barron Mamiya (HAV) *Não competiu devido a uma lesão no joelho
Quartas de final
1 Joel Vaughan (AUS) x Griffin Colapinto (EUA)
2 Yago Dora (BRA) x Ethan Ewing (AUS)
3 Cole Houshmand (EUA) x Jack Robinson (AUS)
4 Kanoa Igarashi (JAP) x Connor O’Leary (JAP)
Baterias realizadas na segunda-feira (10)
Repescagem Masculino
1 Kanoa Igarashi (JAP) 13.73 x 10.50 Dimitri Poulos (EUA)
2 Joel Vaughan (AUS) 12.13 x 6.27 Miguel Pupo (BRA)
3 Barron Mamiya (HAV) 11.97 x 10.40 Kelly Slater (EUA)
4 João Chianca (BRA) 12.93 x 11.70 Rio Waida (IDN)
5 Ethan Ewing (AUS) 14.93 x 14.37 Alejo Muniz (BRA)
